sábado, 17 de março de 2012

Animais de Produção




Animais de Produção
Ovinos


HISTÓRIA DOS OVINOS


ORIGEM E DOMESTICAÇÃO DOS OVINOS  historiadosovino.jpg
        Ainda não é claro quando ou onde ocorreu a origem da civilização. Indubitavelmente, a civilização está relacionada com a domesticação dos animais e, provavelmente, o cão foi o primeiro animal a ser domesticado. Certamente, não distante do cão, veio à domesticação dos ovinos, caprinos e bovinos. Aparentemente, por 10.000 anos, estas espécies têm servido as pessoas.
        O relacionamento entre seres humanos e ovinos foi sempre benéfico para ambos. Os carneiros são insuperáveis na conversão de forrageiras em produtos para o consumo humano de alta qualidade, como a carne e o leite; já a lã e a pele, protegem o homem do frio. A contribuição do ser humano consiste no cuidado e proteção dos ovinos.
        Onde a domesticação dos ovinos ocorreu, não foi estabelecido firmemente, mas evidências indicam que provavelmente aconteceu na Ásia Central. A criação de ovinos na Planície Mesopotâmica pelos pastores hebreus antecede a história escrita. Há 179 referências aos ovinos, 137 a carneiro ou carneiros, 167 a cordeiro ou cordeiros, no Antigo Testamento. O primeiro animal doméstico citado na bíblia é o ovino (Gênesis 4:2). Abel, filho de Adão e Eva, era um pastor. Jacó serviu Laban por sete anos como pastor para ganhar a mão de Raquel. Entretanto, Laban quebrou a sua promessa e exigiu mais sete anos de serviço. Jacó conseguiu Raquel, mas nenhum salário. O negócio prosperou sob orientação de Jacó, que concordou continuar a trabalhar para Laban em troca dos ovinos manchados, malhados e listrados do rebanho. Pela seleção, pelas mutações e utilizando a reprodução dos animais, Jacó produziu os primeiros ovinos de coloração diferente. Jacó era proprietário de rebanhos numerosos quando deixou o serviço de Laban. Os descendentes de Jacó selecionaram os ovinos que apresentavam lã mais branca, até conseguirem a coloração totalmente branca. Davi e Salomão citaram a existência de ovinos brancos em seus escritos. Jacó pode ser lembrado como o primeiro melhorador de ovinos. A descendência de seus ovinos possuía mais de um par de chifres.
        O mundo pode nunca saber como os ovinos foram domesticados ou qual era a ascendência destes animais. Há razões para acreditar que o ovino doméstico pode ter surgido do Muflon, originário da Europa e Ásia ou do Urial Asiático. Ambos são ovinos selvagens, que têm chifres caudas curtas e o corpo coberto mais por pêlos do que por lã, indicando um processo de seleção antigo até chegar ao ovino doméstico.
http://www.uniovinos.unipampa.edu.br/

Santa Inês
Fonte: Aprisco
Essa é mais uma raça de ovinos nativa do Nordeste brasileiro



É uma raça nativa do Nordeste brasileiro. Por suas características e pela informação de técnicos e criadores que se interessam de alguma forma pelo estudo dos ovinos existentes na região, a raça Santa Inês teria resultado de cruzamentos alternados com as raças mais antigas do Nordeste - Morada Nova (vermelha e branca), Bergamácia e Criola. As características apresentadas pelo ovino Santa Inês correspondem a esse cruzamento. Há evidências do Bergamácio no seu porte, tipo de cabeça, orelhas e vestigem de lã. Da raça Morada Nova (vermelha e branca), a condição de deslanado.


A Santa Inês vem sendo difundida em grande parte do Brasil tropical devido à sua rusticidade, produtividade e habilidade materna nos diversos climas brasileiros. É uma raça de duplo propósito: produção de carne e pele.


O Santa Inês é um ovino deslanado de porte grande, apresentando peso corporal em torno de 80 kg para os machos e 60 kg para as fêmeas (animais adultos). Troncos fortes, quartos dianteiros e traseiros grandes, ossatura vigorosa. São encontrados machos com mais de 100 kg, e fêmeas com mais de 80 kg. As fêmeas são ótimas criadeiras, parindo cordeiros vigorosos, em freqüentes partos duplos. Têm excelente capacidade leiteira, com aprumos corretos e boa inserção de úbere. Tratando-se de um ovino de porte expressivo, é exigente em alimentação. É a ovelha indicada para ser criada nos ambientes de melhores recursos nutritivos.


Cabeça de tamanho médio, ausência de chifres, focinho alongado, perfil semi convexo, narinas proeminentes com mucosas pigmentadas (com exceção da variedade branca), boa separação entre os olhos. Orelhas de tamanho médio, guardando uma inserção firme, um pouco inclinada, em forma de lança, carnuda e coberta de pelos acompanhando a cara e chanfro do animal.


O pescoço é bem inserido no corpo de tamanho regular algo alongado, com ou sem brincos. Dorso reto, podendo apresentar uma pequena depressão após a cernelha. Garupa levemente inclinada, sempre erguida por quartos fortes e bem postados. Cauda média, não passando dos jarretes. As patas têm ossos vigorosos, e são acompanhadas de cascos escuros ou bancos - correlatos com as mucosas nasais e órbitas oculares.


A raça é caracterizada por quatro pelagens:


Brancas - pelagem totalmente branca, sendo permissível mucosa e cascos brancos, além de outros caracteres que denotam uma maior influência do sangue Bergamasco.


Chitada - caracteriza-se por uma pelagem branca com manchas pretas e marrom esparsas por todo corpo.


Vermelha - bastante comum nesta raça. A pelagem totalmente vermelha é uma característica que denota a influencia do sangue Morada Nova.


Preta - pelagem totalmente preta.


Destinação: Carne, Pele


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