CAPIVARA
A Capivara (Hydrochoerus hydrochaeris hydrochaeris L. 1766) é o maior roedor herbívoro do mundo. O gênero Hydrochoerus encontra-se distribuído desde o sul do Panamá até o nordeste da Argentina, em toda a área leste dos Andes. Este gênero encontra-se distribuído no Brasil, exceto em algumas regiões semiárido nordestino (González, Gimenez 1995).
Quando a esquadra de Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil em 1.500 os indígenas locais já domesticavam este animal. Eles criavam as capivaras como animais de estimação onde estes animais saíam para comer e depois retornavam para casa. Os tupis chamavam de caapi-guara, comedor de capim, coapi-goara, morador dos capinzais, de onde se originou o nome capivara.
Através de estudos em animais de vida livre, na Venezuela, Ojasti (1973) determinou que machos acima dos 20 kg são férteis, sendo que as fêmeas, atingem a maturidade sexual por volta dos 30 – 40 kg de peso com 1,5 a 2 anos de idade. A idade reprodutiva é atingida aos 15 – 18 meses, a cópula ocorre quase sempre na água e a gestação dura aproximadamente 120 dias. A ninhada pode variar entre 1 e 8 filhotes sendo maior frequência 4 filhotes.
A capivara é um animal de hábito semiaquático que vive em grupos. O espaço domiciliar da capivara deve conter: (1) uma área de repouso, (2) uma área de banho e (3) uma área de pastejo, que é geralmente a área maior do território do grupo.
A capivara é um roedor herbívoro monogástrico, isto é, possui estômago simples, realizando fermentação do material fibroso na região do ceco que extremamente desenvolvido. A capivara é um animal bastante seletivo e em vida livre, ela se alimenta de plantas aquáticas e gramíneas ribeirinhas e, ocasionalmente, roe a casca de árvores e em cativeiro, ela pode ser alimentada com milho, raízes secas de mandioca, batata doce, frutas, capins e diversas ervas.
É uma excelente nadadora, tendo inclusive pés com pequenas membranas. Ela se reproduz na água e a usa como defesa, escondendo-se de seus predadores. Ela pode permanecer submersa por alguns minutos. A capivara também é conhecida por dormir submersa com apenas o focinho fora d'água.
No Pantanal, seus principais períodos de atividade são pela manhã e à tardinha, mas em áreas mais críticas podem tornar-se exclusivamente noturnas. Nas décadas de 60 e 70 as capivaras foram caçadas comercialmente no Pantanal, por sua pele e pelo seu óleo que era considerado como tendo propriedades medicinais. Estudos posteriores indicam que pode haver, no mínimo, cerca de 400 mil capivaras em todo o Pantanal.
A capivara, como animal pastador, utiliza a água como refúgio, e não como fonte de alimentos, o que a torna muito tolerante à vida em ambientes alterados pelo homem: tornou-se famoso o caso da "capivara da lagoa", que viveu durante meses no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas na área urbana do Rio de Janeiro, assim como é notória a presença de capivaras em partes dos rios Tietê e Pinheiros, em plena São Paulo, apesar do altíssimo índice de poluição destes rios.
Detalhe de uma Capivara, foto por Silvio Tanaka.
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Um grupo de cinco animais adultos acompanhados de quatro filhotes se alimentando de grama no campus Universidade de São Paulo em São Paulo.
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Capivara
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